terça-feira, 20 de agosto de 2013

·         “ (...) o que os próprios seres humanos, através de seu comportamento, revelam ser a finalidade e o propósito de suas vidas? O que exigem da vida, e o que querem alcançar? É difícil errar a resposta: eles aspiram à felicidade (...)” (FREUD: 1921, 62)

·         “(...) Eu, civilizado, sou mais feliz que o incivilizado, porque descubro realidades do Universo que ele não suspeita e de que está privado.” (A Cidade e as Serras: 18)

·         “(...) o Homem pensa ter na Cidade a base de toda a sua grandeza e só nela tem a  fonte de toda sua miséria” (A Cidade e as Serras: 69): O oculto segredo por detrás da cultura. Recalcamentos: Cultura X Mal-Estar

·         “A religião é o desenvolvimento suntuoso de um instinto rudimentar, comum a todos os brutos, o terror.” (A Cidade as Serras: 19): Sentimento de religião (puramente subjetivo) X Sentimento de nós mesmos (sujeito a perturbações); Dor e desprazer do eu (ligação do eu com o ambiente);

·         “(...) as três fontes donde provém nosso sofrimento: o poder superior da natureza, a fragilidade de nosso corpo e a deficiência das disposições que regulam os relacionamentos dos
seres humanos na família, no Estado e na sociedade.” (FREUD, 1921: 80)

·         “A felicidade, porém, é algo inteiramente subjetivo.”(FREUD, 1921: 86)

·         “Descobriu-se que o ser humano se torna neurótico porque não é capaz de suportar o grau de frustração que a sociedade lhe impõe a serviço dos ideias culturais, e disso se concluiu que suprimir ou reduzir consideravelmente essas exigências significaria um retorno a possibilidades de ser feliz.” (FREUD, 1921: 83)

·         “Na Cidade findou a sua liberdade moral: cada manhã ela lhe impõe uma necessidade, e cada necessidade o arremessa para uma dependência: pobre e subalterno, a sua vida é um constante solicitar, adular, vergar, rastejar, aturar; rico e superior como um Jacinto, a sociedade logo o enreda em tradições, preceitos, etiquetas, cerimônias, praxes, ritos, serviços mais disciplinares que os dum cárcere ou dum quartel” (A Cidade e as Serras: 70): A ordem das relações humanas como uma pulsão à repetição na cultura

·         Comunidade x Individualidade : “A convivência humana só se torna possível quando se reúne uma maioria que é mais forte do que cada indivíduo e que permanece unida contra cada um deles.” (FREUD, 1921:97)

·         Cultura como um serviço de Eros: “Acrescentamos que a cultura é um processo a serviço de Eros, que deseja reunir indivíduos humanos isolados, depois famílias, então tribos, povos e nações em uma grande unidade, a humanidade.” (FREUD, 1921: 141); e “(...) o desenvolvimento cultural pode ser caracterizado sucintamente como a luta da espécie humana pela vida.” (FREUD, 1921: 142)

·         Consciência de Culpa X Sentimento de Culpa: “Chamamos de consciência de culpa a tensão entre o supereu severo e o eu submetido a ele; ela se exprime como necessidade de punição. Assim, a cultura domina a perigosa agressividade do indivíduo na medida em que o enfraquece, desarma e vigia através de uma instância em seu interior, do mesmo  modo que uma tropa de ocupação na cidade conquistada.” (FREUD, 1921: 144)


·         Origens do Sentimento de Culpa: “(...) o medo da autoridade e o posterior medo do supereu. O primeiro obriga a renunciar à satisfação de impulsos; o segundo, além disso, compele à punição, visto que não se pode esconder do supereu a persistência dos desejos proibidos.” (FREUD, 1921: 151); e “(...) o sentimento de culpa como o problema mais importante no desenvolvimento da cultura e de demonstrar que o preço do progresso cultural é pago com a perda de felicidade devida à insatisfação do sentimento de culpa.” (FREUD, 1921: 163)
“ (...) o que os próprios seres humanos, através de seu comportamento, revelam ser a finalidade e o propósito de suas vidas? O que exigem da vida, e o que querem alcançar? É difícil errar a resposta: eles aspiram à felicidade (...)” (FREUD: 1921, 62)


“(...) Eu, civilizado, sou mais feliz que o incivilizado, porque descubro realidades do Universo que ele não suspeita e de que está privado.”
(A Cidade e as Serras: 18)